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Prefeito de Manaus anuncia colapso do sistema de saúde, e Ceará desiste de flexibilizar isolamento
06/04/2020 17:56 em Vida Urbana

Lucas Pordeus León (Rádio Agência Nacional)

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, anunciou nas redes sociais que o sistema de saúde da cidade entrou em colapso, não sendo mais possível atender à demanda que chega ao SUS, o Sistema Único de Saúde.

 

“A rede hospitalar entrou em colapso, não está mais sendo capaz de dar vazão à demanda por tratamento contra o coronavírus. Ontem conversei com o governador, e ele me garantiu que está envidando todos os esforços para colocar para funcionar o hospital da Universidade Nilton Lins. Não podemos ver mais pessoas diariamente sacrificadas por falta de capacidade de atendimento”.

 

O hospital que o prefeito cita está sendo preparado pelo governo do estado do Amazonas para ter 400 novos leitos. Mas a instalação dos leitos depende de respiradores pulmonares. O governador Wilson Lima disse que tenta comprar os equipamentos da China, e lamentou que uma compra que já estava fechada nos Estados Unidos, de 200 respiradores, foi confiscada pelo governo americano. A prefeitura de Manaus informou que vai caçar o alvará de funcionamento de comerciantes que insistirem em abrir as portas.

 

No Ceará, o governador Camilo Santana desistiu de flexibilizar as regras do isolamento social. O anúncio de que seriam reabertas lojas de material de construção, de produtos de higiene e de limpeza e as feiras de alimentos durou apenas três horas. Em seguida, o governador disse que foi convencido pelo Comitê de Saúde do estado a revogar a flexibilização do isolamento social, mantendo o comércio fechado até o dia 15 de abril.

 

Tanto o Amazonas quanto o Ceará estão entre os estados que, segundo o Ministério da Saúde, devem mudar de fase da pandemia nas próximas semanas de transmissão localizada para aceleração descontrolada. O Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo também estão entre as unidades que vão observar um aumento expressivo no número de casos. No DF, o comércio ficará fechado até o dia 3 de maio, e as escolas, até o dia 29 de maio.

 

Já o Ceará deve ser o primeiro a atingir o pico da doença até o dia 15 de abril, segundo um levantamento da rede CoVida, que reúne pesquisadores da Fiocruz e da Universidade Federal da Bahia. O estudo aponta que o Ceará deve chegar a 3 mil casos da Covid-19 nos próximos dias, ficando atrás apenas de São Paulo em número de infectados.

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