Delegação brasileira conquista 13 medalhas e certificados de excelência em 28 ocupações
Repórter Marquezan Aráujo (Agência do Rádio Mais)
O Brasil conquistou, nesta terça-feira (27), o terceiro lugar na 45ª edição WorldSkills, a olimpíada mundial de educação técnica. Depois de quatro dias de disputas, a competição realizada em Kazan, na Rússia, terminou com a conquista de 13 medalhas e o reconhecimento do Brasil como um dos países com a melhor educação profissional do mundo.
Além de duas medalhas de ouro, cinco de prata e seis de bronze, a delegação brasileira também ganhou certificados de excelência em 28 ocupações, nas quais os competidores ficaram acima da nota média dos concorrentes.
Paulo Vitor Fratta, de 19 anos, é estudante em São Paulo, e foi um dos 63 jovens que compôs a delegação brasileira na disputa. Ele levou o ouro na categoria “Manutenção de Veículos Pesados” e conta que a jornada até a Rússia foi desafiadora. Para Paulo, o prêmio tem um significado especial. “Essa medalha representa muitas pessoas, a gente não está nesse pódio sozinho. O Brasil inteiro ganhou uma medalha de ouro”, comemora ele.
Ao todo, o torneio contou com a participação de 354 jovens de 63 países. A China, que sediará a próxima WorldSkills em 2021, na cidade de Xangai, veio com força e conquistou o primeiro lugar no ranking de pontos totais. Já a Rússia, que neste ano foi anfitriã do torneio, ficou em segundo lugar no pódio.
O terceiro lugar da delegação brasileira reforçou a imagem do país entre as equipes mais vitoriosas da competição. Isso porque o Brasil foi o grande campeão quando o evento ocorreu em São Paulo, em 2015, pela primeira vez em um país da América Latina. Na última edição, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, os brasileiros alcançaram o segundo lugar.
“O resultado, para o Brasil, demonstra o alto nível de excelência da educação profissional brasileira. Além do número de medalhas, o padrão de qualidade que nós demonstramos, nesta edição, em Kazan, mostra que em 73% das ocupações, o Brasil estabeleceu um padrão de excelência. Ou seja, a cada quatro competidores brasileiros, três têm referência da WorldSkills, o que é muito bom, o que nos coloca entre os melhores do mundo”, avalia o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, que é o delegado brasileiro na organização internacional.
A WorldSkills é o maior torneio de educação profissional do planeta. A cada dois anos, jovens de até 22 anos disputam medalhas de ouro, prata e bronze em um país diferente. Cada ocupação tem provas específicas, nas quais os competidores precisam demonstrar habilidades individuais e coletivas e realizar provas em padrões internacionais de qualidade.