Equipe Gametech Canaã, do SESI, inventou um chiclete que ajuda astronautas a sentirem o sabor dos alimentos no espaço
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A premiação da NASA conquistada por estudantes goianos pela criação de um chiclete espacial em uma competição de robótica rendeu elogios à equipe. Um deles veio do presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, que revela aguardar por uma visita dos jovens à autarquia.
“É um fato marcante você ver a criatividade brasileira ganhando fronteiras, disputando e ganhando. É tudo aquilo que a gente quer: a criatividade e a inovação brasileira fazendo a diferença. Esses jovens merecem nosso reconhecimento”, afirma Moura.
O presidente da Agência Espacial Brasileira também ressaltou a “importância da educação técnica” no país como maneira de mudar a realidade do cidadão.
“Entidades como o SESI têm uma história de décadas de sucesso. Muitas das pessoas proeminentes no país passaram por esse berço, no qual você aprende o valor da organização, do trabalho, desde a adolescência. Ultimamente, o Sistema S tem investido em inovação. Tem vários centros de inovação espalhados pelo país. Eu destacaria o que existe na Bahia, que é muito competente”, elogiou Carlos Moura.
A equipe premiada, chamada Gametech Canaã, é da escola SESI Vila Canaã, em Goiânia. O projeto foi criado para um torneio de robótica na Universidade da NASA, nos Estados Unidos. Os alunos, que têm entre 15 e 17 anos, competiram com 70 equipes de 12 países.
A invenção dos alunos foi o “chiliclete”, uma goma de mascar com substâncias da pimenta que ajuda astronautas a sentirem o gosto da comida quando forem para o espaço. A ideia surgiu a partir de pesquisas realizadas pelos alunos, que descobriram que quando os viajantes espaciais passam muito tempo em órbita, acabam ficando com as vias superiores congestionadas.
A técnica de robótica da turma, Harumi Fukushima, explica que percebeu nos alunos grande maturidade e responsabilidade. “Eles se dedicaram bastante. Foram horas de treino. Eles abriram mão de sábados e feriados e mostraram muito esforço e trabalho”, conta orgulhosa.
Felipe Caetano, 16 anos, está no segundo ano do ensino médio e é um dos representantes da equipe em solo americano. Para ele, “ser premiado pela NASA e ganhar o torneio foi uma coisa extraordinária”. “A gente deu duro durante 11 meses de treino para poder chegar a um resultado”, afirmou.
O adolescente demonstra gratidão ao SESI e às aulas de robótica “O SESI, juntamente com a robótica, conseguiu me proporcionar esse evento, uma vez que trouxe essa realidade para minha vida, possibilitando que eu tivesse o contato com a robótica na escola”, completou Felipe.
Repercussão no Congresso Nacional
“Fruto” do Sistema S, como ele mesmo diz, o deputado federal Glaustin Fokus (PSC-GO) estudou na mesma escola que os vencedores do prêmio. Ele afirmou que “os meninos estão de parabéns”. “Que essa turma inteira sirva de exemplo e que incentive mais crianças, jovens e adolescentes a terem interesse por essa inovação”, espera. Fokus acredita também que o Sistema S, conjunto de instituições do qual o SESI faz parte, é de suma importância. Defende ainda que, por ter credibilidade e mostrar resultados concretos, o trabalho deve continuar.
Em plenário, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) também elogiou a equipe Gametech Canaã e afirmou ser motivo de orgulho. “Essa é uma demonstração de que talento e criatividade não faltam às nossas crianças e adolescentes, quando eles contam com as condições necessárias, como as propiciadas pelas escolas do SESI, integrante do chamado Sistema S”, ressaltou.