Segundo Lucas Ferraz, acordo comercial poderá trazer ganhos de R$ 500 bilhões em dez anos para o PIB brasileiro
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O governo brasileiro espera ter mudanças importantes na economia nos próximos anos com o acordo de livre comércio fechado entre o Mercosul e a União Europeia. Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, a abertura comercial vai gerar ganhos para os dois lados, uma vez que haverá o fim de tarifas em até 15 anos.
“São vitórias que devem ser e muito valorizadas diante do fechamento, diante do protecionismo que existe, via de regra, no mercado europeu e nos mercados dos países desenvolvidos em geral”, disse.
De acordo com o secretário, o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia poderá trazer ganhos de R$ 500 bilhões em dez anos para o Produto Interno Bruto, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país.
No setor industrial, por exemplo, a União Europeia se comprometeu a acabar com as tarifas de importação para 100% dos manufaturados em até dez anos. Já o Mercosul vai ter o mesmo período para zerar as tarifas de 72% dos produtos industrializados e mais cinco anos para atingir o patamar de 90,8%, sem precisar zerar as tarifas para todos os produtos.
Na área agrícola, os europeus prometeram zerar as tarifas de 81,8% das mercadorias em dez anos, enquanto o Mercosul deverá eliminar as tarifas para 67,4% dos produtos.
No setor automotivo, a tarifa de 35% cobrada sobre a importação de carros europeus será mantida até o sétimo ano do acordo, caindo pela metade nos três anos seguintes, até ser zerada em 15 anos. Dentro do período de carência de sete anos, o Mercosul poderá importar uma cota de 50 mil veículos, sendo 32 mil para o Brasil, com tarifa de 17,5%.