Para especialista, medida pode trazer mais produtividade e melhorar qualidade dos produtos; indústria deve ser setor mais beneficiado.
O presidente Jair Bolsonaro publicou nesta semana um decreto que institui o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT), que visa regular e estimular a tecnologia no país. O termo se refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet. Com essa tecnologia, por exemplo, a geladeira estaria conectada à internet e poderia avisar o consumidor que o leite acabou.
O intuito é implementar e desenvolver a Internet das Coisas no Brasil, com base na livre concorrência e na livre circulação de dados, observadas nas diretrizes de segurança da informação e de proteção de dados pessoais.
Segundo o especialista em Internet das Coisas, Daniel Plotrino, o setor da indústria será o principal beneficiado.
“Essas tecnologias vão trazer muito mais produtividade, capacidade de entregar produtos mais customizados e qualidade, dentro disso daí também o processo de logística. Essas novas tecnologias têm capacidade de melhorar e otimizar muito o segmento de Logística. Ou seja, a gente receber os produtos em casa com mais rapidez e com o custo menor”, enfatiza.
O presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), Flavio Maeda, comemorou a publicação do decreto e projeta um futuro econômico sólido para o país.
“A gente vê essa notícia com bastante otimismo, porque a Abinc participou desde o início da criação do Plano Nacional de IoT. Foi um plano, um estudo que foi muito bem feito e, que agora, todas as ações e políticas públicas que estavam dependendo da assinatura deste decreto vão ser habilitadas e vão ser postas em execução por um plano de ação, que já foi criado e que estava só esperando a assinatura do decreto. Então, a gente vê esta notícia bem propícia para o momento”, comemora.
As áreas de aplicação do Plano Nacional de Internet das Coisas no país serão definidas por prioridade, a partir de critérios de oferta, demanda e capacidade de desenvolvimento local. Elas serão selecionadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações nas áreas de saúde, cidades, indústria e rural.
O objetivo, segundo o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT), é melhorar a qualidade de vida das pessoas, além de promover a capacitação profissional relacionada ao desenvolvimento de aplicações tecnológicas e à geração de empregos na economia digital.