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Campanha 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo termina nesta terça (21)
22/03/2023 06:35 em Vida Urbana

Publicado em 21/03/2023 - 20:40 Por Fabiana Sampaio - Repórter Rádio Nacional - Rio de Janeiro

 

É preciso implementar as leis com políticas antirracistas e de reparação. É o que cobra Luciene Lacerda, ativista do movimento de mulheres negras e criadora da Campanha 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo, que terminou nesta terça-feira (21), Dia Internacional contra a Discriminação Racial e  Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé.

 

Luciene Lacerda afirma que não basta aprovar leis, é preciso colocar todos os esforços para que elas se concretizem como políticas de fato.

 

A campanha que está na sua sétima edição contou com mais de 350 atividades entre debates, rodas de conversas, oficinas, shows, em várias partes do país e também fora do Brasil. Este ano, tiveram duas atividades inscritas no Reino Unido.

 

Luciene Lacerda explica que as temáticas dos encontros abordam as injustiças do racismo estrutural no país e cobram políticas efetivas de combate.

 

A campanha foi encerrada com um roteiro na Pequena África, no Rio de Janeiro. A região ficou assim conhecida por abrigar vários marcos históricos do período escravagista na cidade, entre eles o Cais do Valongo, considerado o principal porto de entrada de milhares de africanos escravizados no Brasil e nas Américas.

 

O Cais foi desativado em 1831 e redescoberto em 2011 durante obras de revitalização da região. Em 2017, recebeu o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

 

O BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,  prometeu ainda neste mês apresentar um projeto de revitalização para preservar o local. A região também deve ganhar um museu sobre a diáspora africana, a ser construído pelo Ministério da Igualdade Racial, com recursos do banco.

 

Edição: Raquel Mariano / Alessandra Esteves

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